terça-feira, 23 de junho de 2009

AI A CRISE!

A crise

Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorros-quentes.
Não tinha rádio, não tinha televisão e nem lia jornais, mas produzia e vendia os melhores cachorros-quentes da região.
Preocupava-se com a divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava e gostava.
As vendas foram aumentando e, cada vez mais ele comprava o melhor pão e as melhores salsichas.
Foi necessário também adquirir um fogão maior para atender a grande quantidade de fregueses.
O negócio prosperava...
Os seus cachorros-quentes eram os melhores!
Com o dinheiro que ganhou conseguiu pagar uma boa escola ao filho.
O miúdo cresceu e foi estudar Economia numa das melhores Faculdades do país.
Finalmente, o filho já formado, voltou para casa, notou que o pai continuava com a vida de sempre, vendendo cachorros-quentes feitos com os melhores ingredientes e gastando dinheiro em cartazes, e teve uma séria conversa com o pai:
- Pai, não ouve radio? Não vê televisão? Não lê os jornais? Há uma grande crise no mundo. A situação do nosso País é crítica. Há que economizar!
Depois de ouvir as considerações do filho Doutor, o pai pensou: Bem, se o meu filho que estudou Economia na melhor Faculdade, lê jornais, vê televisão e internet, e acha isto, então só pode ter razão!
Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de pão mais barato (e, é claro, pior).
Começou a comprar salsichas mais baratas (que eram, também, piores).
Para economizar, deixou de mandar fazer cartazes para colocar na estrada.
Abatido pela noticia da crise já não oferecia o seu produto em voz alta.
Tomadas essas 'providências', as vendas começaram a cair e foram caindo, caindo até chegarem a níveis insuportáveis.
O negócio de cachorros-quentes do homem, que antes gerava recursos… faliu.
O pai, triste, disse ao filho: - Estavas certo filho, nós estamos no meio de uma grande crise.

E comentou com os amigos, orgulhoso: - 'Bendita a hora em que pus o meu filho a estudar economia, ele é que me avisou da crise …'

Texto deixado num comentário anónimo num post mais abaixo, que por acaso só hoje vi...

8 comentários :

o escriba disse...

Gostei muito desta espécie de parábola
São as "cabeças iluminadas" deste mundo que ditam o que é e o que não é, e o comum dos mortais tem de seguir a onda como se de uma alforreca se tratasse. O saber de experiência feito já não tem qualquer valor hoje em dia!

bjinhos
Esperança

Mare Liberum disse...

Passei para deixar um abraço.Um texto para ler, reler e reflectir.

Beijinhos

Bem-hajas!

vieira calado disse...

Vá lá!...

Coitado, ainda foi a tempo!

Saudações

Elvira Carvalho disse...

Não fora o filho Dr. e o homem morria rico...
Se todos trabalhassem mais decerto a crise não se teria instalado.
Um abraço e bom fim de semana

Mare Liberum disse...

Deixo-te um beijinho muito grande.
Jamais serás esquecida apesar da cor.Eheheheh...És uma querida amiga.
Um abraço apertado.

Bem-hajas!

Elvira Carvalho disse...

Sumiu de novo? Ou foi de férias?
Deixo um abraço e votos de que tudo esteja bem.

Elvira Carvalho disse...

Passei. Na ausência de novidades, deixo um abraço e votos de bom fim de semana.

lagartinha disse...

A todos os meus amigos, as minhas desculpas pela ausência...
As férias da escola assim me obrigam...
Beijos a todos