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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

QUEM FOI O QUE MORREU IV


Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, nesceu em Queluz, a 12 de Outubro de 1798.

Segundo filho varão de D.João VI e D.Carlota Joaquina, tornou-se herdeiro da coroa Portuguesa após a morte prematura do irmão mais velho, António.

Completamente ignorado pela mãe, passou a infância no Palácio de Queluz em contacto com a sua louca avó paterna. Filho predilecto de seu pai, que mesmo assim não lhe ligava muito, preferindo refugiar-se nos seus problemas emocionais, pois tal como a mãe, também não batia lá muito bem da bola...

Como a maioria das crianças, a relação com o mano, Miguel, tanto era de amizade como de raivinhas. A brincadeira favorita era a "guerra". Cada um pegava nos amigos e formavam exércitos a fingir e depois atacavam-se um ao outro...Alguém devia ter percebido na altura que aquilo já era um treino...

Em 1807 a Europa andava a saque e D.João pensou em mandar o seu Pedrinho tomar conta da colónia Brasileira, mas Napoleão resolveu invadir Portugal e acabaram por se mudar todos de armas e bagagens para climas mais amenos, não fosse o diabo tecê-las.

No Brasil, Pedro, estava como peixinho na água. Ar livre, cavalos, armas, copos e mulheres. Um autêntico furacão de actividade física, o que deixava as damas da altura completamente doidas varridas...

Dizia-se dele que era mal educado, vingativo, completamente espontaneo, ao ponto de se tornar inconveniente, mas que tão depressa era bera , como lhe passava e virava bonzinho.

Adorava trabalhar com as mãos, tendo-se tornado até um excelente marceneiro e torneiro.

Para ele, todos eram iguais, não acreditava nem um pouco nas diferenças raciais e na escravatura, mas aí, deparou-se com a hostilidade das elites Brasileiras, que com tanto calor, gostavam mesmo era de ser "abanados" por escravos e por eles transportados para todo o lado...

Pedro teve uma educação deficiente como futuro chefe de estado, mas não deixou ele próprio de procurar conhecimentos em várias áreas. Mesmo assim, acabou por ter mais cultura do que a maioria dos seus conterrâneos. Tendo um profundo conhecimento da sua própria deficiência na educação, acabou por ser ele a criar cursos jurídicos e a fazer com que o estado assegurasse a manutenção das escolas primárias, bem como a proibição de criar impostos sobre a importação de livros.

Em 1816, D.Maria sua avó morre e D. João seu pai é elevado a Rei. Corre o ano de 1820 e em Portugal, estala a revolução constitucional e as cortes exigem o regresso imediato da família real, bem como a restituição do pacto colonial. D.João lá decide regressar, mas deixa seu filho Pedro, entretanto Príncipe real, logo, herdeiro da coroa Portuguesa, como Príncipe regente do Brasil.

Os direitos concedido ao Brasil devido à permanência da família real, entretanto, estavam a ser rescindidos pelas cortes, o que deixou Pedro à beira de um ataque de nervos.

As cortes queriam que o Brasil voltasse de novo a ser apenas uma colónia em vez de "reino unido a Portugal e algarves". Acabaram por levar a sua avante e D.João assinou em baixo, retirando assim o titulo de príncipe regente do brasil a seu filho, pelo que este teria de regressar de imediato ao reino, tendo sido enviada uma ordem judicial, bem como uma frota para o trazer de volta.

Porém, no Brasil, o Pedrinho, a pedido de várias famílias, que lhe enviaram um abaixo assinado, lá decidiu que ficava no Brasil e que a partir desse momento nenhuma ordem de Portugal teria validade no Brasil sem a sua autorização.

Em Portugal, decidiu-se que "se não vens a bem, vens a mal" e decide-se uma acção armada contra o Brasil, onde ao ter conhecimento do facto, Pedro profere a famosa frase: "independência ou morte", que ficou conhecido como o grito do Ipiranga.

Claro que a independência ainda foi altamente contestada em vários locais, por tropas Portuguesas, mas Pedro acabou por ser mesmo aclamado Imperador do Brasil, mas só em 1825 foi reconhecido por Portugal e Reino Unido.

Perto do fim da sua vida, D. João percebendo que já não durava muito mais, para evitar que a Carlota Joaquina se apoderasse do trono, decide entregar a regência a sua filha, até D.Pedro ter conhecimento que seu pai tinha falecido.

Na altura do reconhecimento por parte de Portugal da independência do Brasil, ficou estipulado que D.Pedro continuava a ser herdeiro de Portugal e que o Brasil nunca se poderia unir a outro país.

Em 10 de Março de 1826 D.João morre e D.Isabel, sua filha, envia a notícia a seu irmão Pedro, de que era agora Rei de Portugal e todos os títulos do costume.

Em terras Lusas, Pedro era um traidorzito do reino que tinha privado Portugal das riquezas coloniais, demasiado liberal para o gosto da maioria, enquanto que seu irmão Miguel, era adorado por todos...nobreza, clero, povo, todos gostavam de Miguel.

Pedro resolve a coisa criando uma nova constituição para Portugal, baseada na Brasileira, claro. Abdica da coroa Portuguesa a favor de sua filha, convida o irmão a casar com a sua menina e a jurar a constituição. D.Miguel aceita, regressa do exílio onde estava por ter tentado destronar anteriormente seu pai que tal como a mãe era meio doido e assim que teve oportunidade, conseguiu ser coroado como D.Miguel I e restaurou o absolutismo. Tudo isto com grande satisfação da maioria dos Portugueses, é preciso que se diga...

Em 1826 os Espanhois ofereceram a coroa a Pedro, alegando que ele era um "defensor dos povos", mas D.Pedro recusou, por querer consolidar primeiro o Brasil.

D.Fernando, de Espanha, às portas da morte, tinha alterado as regras do jogo, pelo que em vez de lhe suceder seu irmão Carlos, sucedeu-lhe a filha, Isabel. Carlos furioso, resolve aliar-se aos absolutistas, criando uma facção chamada "Carlistas" que provocaram grandes problemas em Espanha. Os Espanhois pedem uma vez mais ajuda aos liberais e a Pedro, a quem imploram que se torne Imperador Ibérico. Desta vez, aceita. Andaram às turras, mortos e mortos que nunca mais acabava, principalmente na Campanha da cisplatina. Nada disto abonava a favor de Pedro, que vá-se lá saber porquê, achava que tudo tinha que ser resolvido à pancada...já vinha de pequenino, não é?

Por outro lado, Pedro que aos 19 anos tinha casado com Leopoldina, fez-lhe a vida num inferno! Mulheres, copos e outras coisas muito liberais...

Manteve uma relação escandalosa durante 7 anos com Domitília de Canto e Melo, dando-lhe títulos, como o de Marquesa de Santos, o que levou a certas dificuldades em arranjar uma nova esposa após a morte da desgraçada da Leopoldina, pois ninguém queria casar a filha com tal libertino! Todas estas coisas, acabaram por tornar Pedro completamente impopular quer aos olhos dos Portugueses, quer aos dos Brasileiros. Claro que acabou por abdicar a favor do seu filho com 5 anitos apenas...

Podia ter ficado a descansar, finalmente, mas não...resolveu vir "acabar" com o mano Miguel e restituir o trono a sua filha Maria.

Em 1832 chega aos Açores, assume a regência do reino como Duque de Bragança, junta os liberais imigrados e segue para o Norte, disposto a invadir Portugal e repor Maria no trono. Finalmente, em 24 de Julho de 1834 o Duque de Terceira derrota os Miguelistas em Lisboa, dando a vitória aos Liberais. Em Agosto do mesmo ano as cortes confirmam a regência de Pedro.

Pouco depois da Convenção de Évora-Monte, Pedro recolhe ao Palácio de Queluz e morre de tuberculose, em 24 de Setembro de 1834, na mesma cama que o viu nascer.

sábado, 11 de outubro de 2008

QUEM FOI O QUE MORREU III


INTERROMPO A INTERRUPÇÃO, POIS ESTA DATA NÃO PODE FICAR EM BRANCO!
A FAMÍLIA TÁVORA FASCINA-ME!

Leonor tinha 8 anos de idade quando a arrancaram de sua casa e a levaram para os claustros do convento . O seu crime: era neta materna dos Marqueses de Távora.

Menina querida de freiras e soldados, todos contribuíram para que a sua educação fosse a melhor possível e por isso lhe levavam clássicos da literatura, quer fossem romancistas ou filósofos, ensaístas ou simples cronistas.

Quando finalmente em 1777 o malvado JS foi mandado para Pombal, mandaram que libertassem o que restava dos Távora e entre eles, estava agora a bela Leonor, de 21 anos de idade, com uma cultura acima da média e uns escritos de fazer inveja a muitos tarimbados autores.

Em 11 de Outubro de 1839, faleceu Leonor de Almeida Lorena e Lencastre, 4ª Marquesa de Alorna e aparentada ainda com os Senhores de Cascais.

Se quiserem saber mais, googalizem... isto foi só para que não se esqueçam da primeira verdadeira activista Portuguesa!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

QUEM FOI O QUE MORREU II

Depois de D.Inês de Castro ser assassinada a mando de D.Afonso IV, pai de D.Pedro, este, não voltou a casar, mas teve várias "amigas", sendo uma delas, Teresa Lourenço, chamada a "galega", vá-se lá saber porquê, já que seu pai, Lourenço Martins, era um mercador Lisboeta...

Seja como for, dessa relação, nasceu um menino, a que deram o nome de João e que foi entregue a seu avô materno, para que fosse educado como cavaleiro.

Quando João tinha 7 anos, estava então entregue a D.Nuno Freire de Andrade, cavaleiro da ordem de Cristo, encontrava-se às portas da morte D.Martim de Avelar, Mestre de Avis.

D. Nuno, pegou então no menino e foi a correr à Chamusca, onde se encontrava D.Pedro, a quem pediu que o cargo deixado vago, fosse dado ao menino João, ao que D.Pedro, muito rapidamente acedeu e estando João ao colo de D.Nuno, foi logo ali tornado Cavaleiro, abençoado com as seguintes palavras: "Que Deus lhe acrescente de bem em melhor e lhe dê tanta honra em feitos de cavalaria, como deu a seus avós"

A D. Nuno, D.Pedro terá contado um sonho que tinha tido algum tempo antes, em que via o seu Joãozinho a salvar o reino...

Quando D.Pedro morreu, o seu meio irmão, Fernando, subiu ao trono.

D.Fernando, tinha combinado casar com Leonor de Aragão, mas deu de caras de repente com Leonor Teles e ficou loucamente apaixonado. Ora Leonor Teles era casada e tinha um filho, mas como rei pode, servindo-se do facto de que existia um grau de parentesco entre o casal, conseguiu que o casamento fosse anulado e secretamente casou com ela, explicando depois ao ex-futuro sogro, que afinal já não casava com a sua filha, que por sinal era feia como os trovões, porque já era casado...

O pessoal da altura não ficou nada contente, pois um rei devia casar com a filha de outro rei e não com uma fulana qualquer...

Para piorar as coisas, o problema da sucessão! Nada de varão! Uma miúda...com casamento marcado com o herdeiro de nuestros hermanos e já toda a gente a pensar: "Bamos hablar español!"

Entretanto, o mano Fernando, era muito amigo do meio-mano João, mas por outro lado, a Nonô, era muito amiga dos hermanos e já começava a ver umas certas ameaças ao lugar da filhota... pois achava e com razão, que ninguém tinha ficado lá muito contente com aquele contrato de casamento que dava assim de mão beijada o trono Português aos espanhóis! Como o Nandinho era assim a modos que doido por ela, começou a "envenenar" o marido e conseguiu que a certa altura o tonto acreditasse que o Joãozinho conspirava contra ele acabando o Fernando por mandar o mano para os calabouços.

Por outro lado, a irmã de Leonor, Maria, tinha casado com o outro irmão de Fernando, o outro João, Infante. Já a pensar que o cunhado poderia vir a ficar com o trono, mandou a mana para os anjinhos e o cunhado, exilado para Espanha, onde viria a lutar contra Portugal posteriormente o que o afastou de vez da corrida ao trono...o povo não perdoa...

Entretanto a D. Leonor e o "amiguinho" João Fernandez, chegaram ao ponto de forjar uma ordem para que o mestre de Avis fosse executado... Acontece que o chefe lá do sítio achou aquilo muito estranho e lembrou-se de confirmar a ordem e claro que o Fernando mandou logo soltar o irmão, mas não consegui ler em lado algum se deu ou não uns bons açoites na sua querida esposa... O que a certa altura descobriu, é que a sua bela dama, andava "enrolada" com o seu conselheiro, o João Fernandez, o conde de Andeiro e lembrou-se de escrever uma carta ao mano João, para que tratasse da saúde ao conde, mas, teve a infeliz ideia de escolher para mensageiro, um fulano que por acaso, era compincha do João Fernandez e que com toda a esperteza saloia lhe fez ver que se estava a precipitar e a dar poder a mais ao mano... D. Fernando acabou por rasgar a carta e ficou tudo em águas de bacalhau...

Como palavra de rei é lei, a coisa estava preta, pois o D.Fernando finou-se e a Nonô tornou-se regente em nome da filha, com o "caramelo" ao lado e as pessoas falavam, daquela pouca vergonha e então, alguém se lembrou de chamar à razão o irmão da dama, o conde de Barcelos, para lhe dizer que tinha que acabar com aquilo de vez, que a mana era mal falada na corte, etc, etc. Claro que o João Teles, o conde quis logo limpar o sarampo ao João Fernandez, mas Álvaro Pais, pensando mais além, achou melhor falar primeiro com João, o mestre de Avis, pois melhor que limpar a honra da Leonorzinha, era vingar a honra do mano Fernando e com o apoio da populaça e a ajuda do jovem Nuno Álvares, que adoravam o Mestre, era o único que conseguiria "apagar" o galego e safar-se...

Organizaram a coisa muito bem e o resto já se sabe como aconteceu; entraram nos aposentos da senhora, onde estavam o João Fernandez, alguns fidalgos que já tinham sido sondados e que se retiraram estrategicamente. O Andeiro, por via das dúvidas mandou os seus homens irem buscar as armas e voltarem, acabando por ficar sozinho com o grupo do Mestre de Avis, que com a desculpa que lhe queria falar em privado o levou para outra sala, com 3 dos seus amigos e aí...foi-se de vez o conde de Andeiro...

Claro que a boa da Leonor depois de carpir o morto pediu para zarpar para longe já que não a matavam e partiu, mas a primeira coisa que fez assim que pôde, foi mandar vir o genro, ai ai ai que te tiram o trono!

Não contavam os espanhóis, que iam apanhar pela frente o Nuno Álvares que depois de algum tempo acabou de vez com eles em Aljubarrota, mostrando que os Tugas quando querem...

O João lá foi aclamado rei nas cortes de Coimbra, casou, com D.Filipa de Lencastre, para confirmar a aliança com os Ingleses, teve filhos e que filhos! Foi o papá da "inclita geração", mas isso são outras águas...

Depois de um reinado de 48 anos, acabou por morrer, em 14 de Agosto de 1433

Fonte:Crónicas de Fernão Lopes

quinta-feira, 31 de julho de 2008

QUEM FOI O QUE MORREU I


João Francisco António José Bento Bernardo de Bragança, nasceu em 22 de Outubro de 1689.
Segundo filho de D.Pedro II e D. Sofia, nascido já depois da morte prematura de seu irmão, baptizado com o mesmo nome, foi feito cavaleiro por seu pai, o rei, com 7 anos de idade.

Sua Mãe, ciumenta assumida das escapadelas do marido, tornava-se agressiva e maltratava toda a gente, desde os filhos aos criados. Alemã, antipática e distante, que se tornou devota assumida e passava o tempo nas igrejas, deixou a educação dos filhos entregue aos padres Jesuítas, sendo um dos seus preceptores, o Inquisidor-geral do Santo ofício, com grande influência em João Francisco e que lhe deixou marcas durante toda a sua vida.

Quando sua mãe morreu, com 33 anos, tinha João Francisco 10, veio a tia Catarina para Portugal, já que tinha ficado viúva do rei de Inglaterra e ficou a tomar conta da educação dos meninos, mas também só durou uns 6 anitos mais...

Em 9 de Dezembro de 1706 seu pai morreu e João Francisco não teve outro remédio senão sentar-se no trono e começar a reinar. No dia 1 de Janeiro do ano seguinte em pompa e circunstância lá foi aclamado rei, o 24º e deram-lhe logo alcunhas: O magnânimo, o rei-sol Português e à boca fechada, chamavam-lhe as más línguas, o Freirático e porquê? Porque para além das manias das grandezas e do luxo de que se rodeava, tinha um apetite sexual desenfreado por freiras, como podia atestar a madre Paula, que acabou por lhe dar pelo menos um rebento que foi bater com os costados numa espécie de asilo e a quem mais tarde chamariam um dos meninos da Palhavã.

Casou, com D. Mariana Josefa, em 9 de Julho de 1708 e como nunca mais chegavam filhos, fez uma promessa e quando finalmente começaram a nascer, logo 5, cumpriu e mandou construír o convento de Mafra.

Com a ajuda do seu diplomata Luis da Cunha, ainda era miúdo o seu filho José, arranjou-lhe logo o casamento com a Maria Ana Vitória, da Espanha e o irmão desta, o herdeiro da coroa Espanhola, casaria com a Maria Bárbara, mana do José...

Este Luis da Cunha, foi o carola que arranjou o job para o boy Sebastião de José Carvalho e Melo.
Isto era de tal ordem, que Pedro, irmão de José, viria a casar com a filha do José, a Maria, que veio a ser a D.Maria I, a primeira mulher raínha de Portugal, sua sobrinha, mas que até parece que o amor entre os dois era assolapado, pois segundo relatos, uma das razões para a loucura da D.Maria, teria sido a morte de seu marido, que alé de 20 anos mais velho, também era tio...

Foi na corte deste monarca, que se formaram 2 partidos, liderados por 2 condes e que dividiam a sociedade: o da moda-nova e o da moda-velha.

O Conde da Ericeira, Francisco Xavier de Menezes, o bon-vivant lá da corte, promovia grandes jantares, jogatanas, tertúlias e principalmente, queria as damas a mostrarem-se e a conviverem no meio dos salões...o flirt...

Este conde, era só um dos que ía com o João Francisco às freiras, como quem vai à "rosette"...

Por outro lado, o conde do Vimioso, não achava piada nenhuma a esta rebaldaria e tentava a todo o custo manter as damas afastadas dos olhares comilões, pois se formos a ver, todos casavam por interesse, com famílias que tinham alguma coisa a dar em troca e já se estava a ver, uma filhota em idade de namorar, apaixonar-se logo pelo cromo que não tinha nada a oferecer...
Conservador até dizer chega, mas também com a desculpa de que havia pessoal a esbanjar dinheiro que não havia, ainda p'ra mais, numa altura de guerra, em que não havia dinheiro para o combustível da altura: a comida!

E foi assim, ao longo do seu reinado, algumas coisas boas, outras más, mas estava apenas a abrir caminho para o seu filho e para o seu JS...

Em 10 de Maio de 1742, deu-lhe uma paralisia parcial e foi tentar salvar-se a banhos nas Caldas. Sem sucesso, regressou, assumiu de novo o governo, mas teve de entregar tudo nas mãos de Alexandre de Gusmão, acabando por morrer, muito diminuído quer física quer mentalmente , em 31 de Julho de 1750.