No dia 4 de Março de 1998, quando cheguei a casa vinda do emprego e depois de ter ido recolher o meu filho ao Infantário, enquanto fazia o jantar, vi o desespero de uma mãe, apelando na comunicação social a que a ajudassem a encontrar o filho de 11 anos, desaparecido nessa tarde.
Tenho na memória a dor que senti na altura, o abraço que dei ao meu menino, então com 5 anos e de ter comentado com o meu marido, que se fosse comigo, morria...
Amanhã, dia 28 de Janeiro é o aniversário do Rui Pedro Teixeira Mendonça, o menino da Lousada que desapareceu há 11 anos, fará 22 de idade.
Foi por causa dele que me iniciei na blogosfera, com o meu AGUALUSA, entretanto extinto, blogue em que dediquei a maior parte das publicações ao Rui Pedro e sua família.
O facto é que com o desaparecimento de Madeleine, vieram à baila todos os outros que por motivos desconhecidos deixaram de fazer parte dos lugares à mesa de suas casas e ainda hoje as famílias vivem no desespero do silêncio, de não saberem o que lhes aconteceu...
É uma realidade também, que de todos os familiares destas crianças, A Filomena Teixeira e o seu irmão têm sido dos mais incensáveis na busca do seu menino.
Foi com muita tristeza que ouvi estar para breve o encerramento das investigações ao desaparecimento do Rui Pedro, uma vez que se tornava consensual a ideia de que teria morrido, ao contrário da hipótese de ter sido raptado por redes pedófilas.
Uma...ou outra...então e a quantidade de gente que tem andado a ser resgatada ultimamente nesses locais de trabalho escravo? Quantos mais não haverá por aí em que já se confundem nacionalidades e já ninguém sabe quem é? Poderá o Rui ser um deles? Ou o
Sepúlveda, a Alexandra entre tantos?
Desistir, encerrar uma investigação, pode ser tolerável num roubo, num crime de colarinho branco, no futebol até, mas enquanto se procura uma PESSOA, só se pode dar o caso como encerrado, se for encontrada, viva ou morta...
Na altura do AGUALUSA, tive a ideia de que talvez o Rui Pedro andasse por aí e nem soubesse que era dele que falavam, então, pensei numa maneira de eventualmente despertar memórias: Juntei fotos do Rui em diversas fases da sua curta vida, imagens de sua mãe, Filomena, fotografias da escola, dos arredores, etc, mas o mais importante, uma carta que sua mãe escreveu. Importante porquê? Porque acho que também tem de se colocar a hipótese de ao fim de determinado tempo ser o Rui Pedro a não querer voltar por qualquer razão e talvez, ao ler as palavras da mãe, tudo mude...
Dessa ideia, nasceu isto, que volto a publicar:
Tenho na memória a dor que senti na altura, o abraço que dei ao meu menino, então com 5 anos e de ter comentado com o meu marido, que se fosse comigo, morria...
Amanhã, dia 28 de Janeiro é o aniversário do Rui Pedro Teixeira Mendonça, o menino da Lousada que desapareceu há 11 anos, fará 22 de idade.
Foi por causa dele que me iniciei na blogosfera, com o meu AGUALUSA, entretanto extinto, blogue em que dediquei a maior parte das publicações ao Rui Pedro e sua família.
O facto é que com o desaparecimento de Madeleine, vieram à baila todos os outros que por motivos desconhecidos deixaram de fazer parte dos lugares à mesa de suas casas e ainda hoje as famílias vivem no desespero do silêncio, de não saberem o que lhes aconteceu...
É uma realidade também, que de todos os familiares destas crianças, A Filomena Teixeira e o seu irmão têm sido dos mais incensáveis na busca do seu menino.
Foi com muita tristeza que ouvi estar para breve o encerramento das investigações ao desaparecimento do Rui Pedro, uma vez que se tornava consensual a ideia de que teria morrido, ao contrário da hipótese de ter sido raptado por redes pedófilas.
Uma...ou outra...então e a quantidade de gente que tem andado a ser resgatada ultimamente nesses locais de trabalho escravo? Quantos mais não haverá por aí em que já se confundem nacionalidades e já ninguém sabe quem é? Poderá o Rui ser um deles? Ou o
Sepúlveda, a Alexandra entre tantos?
Desistir, encerrar uma investigação, pode ser tolerável num roubo, num crime de colarinho branco, no futebol até, mas enquanto se procura uma PESSOA, só se pode dar o caso como encerrado, se for encontrada, viva ou morta...
Na altura do AGUALUSA, tive a ideia de que talvez o Rui Pedro andasse por aí e nem soubesse que era dele que falavam, então, pensei numa maneira de eventualmente despertar memórias: Juntei fotos do Rui em diversas fases da sua curta vida, imagens de sua mãe, Filomena, fotografias da escola, dos arredores, etc, mas o mais importante, uma carta que sua mãe escreveu. Importante porquê? Porque acho que também tem de se colocar a hipótese de ao fim de determinado tempo ser o Rui Pedro a não querer voltar por qualquer razão e talvez, ao ler as palavras da mãe, tudo mude...
Dessa ideia, nasceu isto, que volto a publicar:
8 comentários :
Lagartinha, amiga!
Também eu, ontem, quando ouvi na comunicação social que o caso do Rui Pedro iria ser arquivado fiquei arrepiada, revoltada, incrédula. Não, eu não podia estar a ouvir aquilo e, na qualidade de mãe, insurgi-me. Os casos destes meninos desaparecidos em circunstâncias inexplicáveis e dramáticas só podem dar-se por encerrados quando forem encontrados vivos ou mortos. Estes pais nunca deixarão de os procurar enquanto forem vivos, esta dor não desaparecerá enquanto não puder ser feito o luto que todo o ser humano precisa de fazer perante uma perda irreparável ou a festa do reencontro se vier a dar-se.
Estou contigo, Lagartinha!
Fazes falta na blogosfera. Fazes-me falta!
Mil beijinhos
Bem-hajas!
Ana Lagartinha
Concordo em absoluto consigo! Os que desaparecem não devem ser esquecidos pelas autoridades. Provavelmente conhece aquele site brasileiro, unico e o maior neste tipo de tema, que muitos frutos tem dado. Pessoas há muito desaparecidas são encontradas a partir de imagens que vão circulando na net e que de uma maneira ou outra vão parar aos olhos de alguém que as conhecem.
Procurar sempre, desistir nunca!
Vá lá ao soma buscar o presentinho dardos para si!Partilho-o com todo o gosto!
bjinhos
Esperança
Nunca desistir de se encontrar quem desaparece deve ser o lema de todos!
Um abraço.
Absolutamente de acordo. Também penso que nunca se devia desistir de procurar quem desapareceu.
Um abraço e bom fim de semana
Passo e deixo um abraço.
Olá Ana
Não me tem sido possível passar por aqui com a frequência que desejaria. Hoje passo só para te deixar um beijinho e o desejo de melhoras. penso voltar breve com mais tempo.
beijinhos
Olá Lagartinha:
Fiquei com um aperto aqui no coração. só de pensar o que a família tem sofrido para encontrar o seu menino.A busca devia continuar sim.Sempre...até se saber o que aconteceu não é?
Deixo um beijinho e convite para ir ao nosso Opiniões e deixar o seu contributo.
Um beijinho doce Lagartinha
http://projectoamizade.blogspot.com/
Passo para deixar um beijinho e desejar que a saúde esteja melhor.
Beijinhos mil
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